Pouco de tudo sobre tudo

SUGERI A UMA AMIGA QUE ME FIZESSE UM TEXTO E VEJA SÓ O QUE SURGIU!

SERIA MAIS UMA LISPECTOR?

É, o que seria do homem sem seus semelhantes? Recebi a missão de escrever nesse meu tão adorado blog, cuja dona é mais amada ainda. Foi um impacto, e uma emoção, confesso. E logo de cara me veio esse questionamento na cabeça. É eu realmente não sei responder, pois não me vejo sem meus semelhantes, semelhantes não de cor, raça ou credo, muito menos de ideologias. Semelhantes sim, no caráter, na confiança, na amizade.
Vem-me a cabeça milhares de situações que vivenciadas com meus semelhantes tão distintos, e realmente sinto falta, falta das risadas tão sinceras, das broncas tão azedas, das brigas tão intensas e dos carinhos tão amáveis. Concordo com o poeta quando diz que a rotina sufoca e o medo impede de tentar. Ai que nostalgia, que saudade da aurora da minha vida, saudade de viver o mistério do planeta. Que vontade de voltar no tempo e beijar quem eu não beijei, de amar quem eu não amei, de ajudar quem eu não ajudei e de esmurrar quem mereceu.
Eu realmente sei que fugi do tema inicial, mas é tão gostoso relembrar dos tempos bons no momento que a vida nos aperta entre os dedos e nos faz sentir como tomate amassado, afinal recordar é viver. É tanta coisa, faculdade, contas, trabalho, problemas etc. não vou e nem quero relatar as dificuldades da vida, por que tanto eu, quanto você caro leitor, conhecemos,vivemos e o pior, damos tanta importância as situação ditas “problemas” que esquecemos que Deus, ou os Deuses (viva a diversidade religiosa) na sua infinita sabedoria, criou para cada vício uma virtude, para cada mal um bem, para cada Yin um Yang. Quer um exemplo pratico? Você que está ai sentado na frente desse computador, com os pés nas nuvens e a cabeça no chão, cheio de problemas, já pensou que hoje tem alguém que lhe quer bem, que se preocupa com você, e que está ansioso esperando uma palavra amável e um gesto complacente de sua parte, ou o dia que está lá fora cheio de novas possibilidades ou na vida que acontece embaixo do seu queixo e você não se dá conta, que seu filho está crescendo, seus pais morrendo, seus irmãos casando e seus amigos indo embora, e você ai, parado esperando a solução vim do céu, sendo que a solução está parada do seu lado, sentada é bem verdade, porque já se cansou de esperar. Eu acho que não, não é?
Sabe caro leitor, já falando um pouco de tudo e fazendo uma miscelânea de assuntos, vou falar, ou melhor, escrever coisas aparentemente sem nexo, mas chego a conclusão que não, realmente não sei dizer o que seria do homem sem seus semelhantes, porque eu vivo entre os meus, meus amigos, minha família, meus amados e amores e porque não entre os inimigos . Às vezes me vem uma solidão sufocante uma impaciência e uma arrogância sem limites, mas quem não é assim? E realmente vejo o quanto egoísta e ínfimo é o homem e a mulher também pra não a levantar polêmica das feministas. Mas eu, eu posso me queixar de tudo, do trabalho, da faculdade, da falta de tempo, mas não posso me queixar dos meus semelhantes, uns que a vida por acaso me deu, e outros que são meus por acaso da vida. Mas são meus, só meus e com eles vou fazendo o meu caminho e escrevendo minha estrada sem pedir carona, e vou mostrando como sou e sendo como posso e pra já finalizo citando os novos baianos quando dizem que pela lei natural dos encontros eu deixo e recebo um tanto.


ZAIRA SABACK